O IMPÉRIO GRECO-MACEDÔNICO


O IMPÉRIO GRECO-MACEDÔNICO

O IMPÉRIO GRECO-MACEDÔNICO
Geografia
A Grécia é uma península que está situada na parte leste do mar Mediterrâneo. O mar Egeu a separa da Ásia Menor e o mar Adriático a separa da península italiana. A Macedônia está ao norte da Grécia. O Império Greco-Macedônico chegou a abranger a maior parte do mundo conhecido na Antigüidade, pois se estendia desde a Índia, no Oriente, até o extremo ocidental do Mediterrâneo.
História
A presença na Grécia de “tribos gregas” está assinalada desde o terceiro milênio a.C.No entanto, os povos gregos, que chegaram a desenvolver a organização política conhecida como polis (cidade-estado), não conseguiram unificar-se e se mantiveram em lutas contínuas. Filipe II da Macedônia inicia, desde o norte, guerras de conquista. Ao morrer, em 335 a.C., sucede-o seu filho Alexandre, que será conhecido como Alexandre Magno. Extraordinário militar, conquista a Pérsia (331 a.C.) e o Egito, e chega até a Índia (326 a.C.). Morre em 323 a.C., aos 33 anos.
Logo notou-se a falta de um sucessor digno de Alexandre. Com sua morte, seu vasto império se divide nos chamados “reinos helenísticos”. Os mais importantes para a história bíblica foram o reino dos Lágidas ou Ptolomeus (Egito) e o dos Selêucidas (Síria).
Entre 215 e 205 a.C., Filipe V da Macedônia associou-se a Cartago a fim de lutar contra os romanos. Em 197 a.C. Filipe é derrotado pelos romanos. Entre 192 e 189a.C. o exército romano derrota o Império Selêucida e penetra na Ásia Menor. Mais tarde, a Macedônia cai em poder de Roma. Em 146 a.C. os romanos destroem Corinto, e a maior parte da Grécia é anexada a Roma. Poucos anos depois caem Pérgamo (133 a.C.) e Síria (64 a.C.). Em 47 a.C. Otávio Augusto faz de Cleópatra sua co-regente no Egito, e em 30 a.C. houve a junção total do Egito a Roma.
Grécia e Palestina
Com a morte de Alexandre Magno, os Ptolomeus dominaram o Egito e a Palestina. Respeitaram os costumes e a religião dos israelitas. Assim, o templo foi o lugar onde se desenvolvia a fé e onde eram guardados os bens destinados a ajudar o órfão e a viúva.
Porém a dinastia e as políticas dos Ptolomeus enfraqueceram, e a tolerância foi aos poucos desaparecendo. Desde 197 a.C. os Selêucidas da Síria tentaram conquistar a Palestina. Antíoco IV Epífanes (175-164 a.C.) conseguiu. Tratou de impor à força os costumes sírios e os israelitas resistiram. Houve perseguição e lutas. Entre os israelitas que se opuseram estão o sacerdote Matatias, Judas Macabeus, Jônatas e Simeão, dos quais se fala nos livros apócrifos dos Macabeus.
Em 168 a.C. Roma derrotou a Macedônia e acabou com sua monarquia. Quatro anos mais tarde, depois de muitas lutas, torna-se o reino macabeu da Judéia. Antíoco V firmou, em 162 a.C., o acordo de liberdade religiosa para os judeus, porém seu sucessor, Demétrio Soter (“o salvador”), ajudado por alguns judeus, negou novamente os direitos, razão pela qual as lutas reiniciaram.
Em 142 a.C. os israelitas conseguiram livrar-se do Império Selêucida e estabeleceram a dinastia dos asmoneus, que durou pouco menos de um século, pois no ano 63 a.C.Jerusalém caiu nas mãos de Pompeu e tornou-se uma nova colônia de Roma.
Cultura
Os gregos haviam alcançado um grande desenvolvimento cultural e conheceram épocas de esplendor em que se cultivaram a literatura, a filosofia, a história, a escultura, a arquitetura e outros ramos do saber. Quando Alexandre Magno estende seu império, segue a política de helenizar os povos conquistados, respeitando, por outro lado, suas práticas e crenças religiosas. Estabelece-se um idioma comum (okoinê) e promove-se a cultura. Alexandria (fundada em 331 a.C.) se torna um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo.
Religião
O período helenístico, iniciado com as conquistas de Alexandre, se caracteriza pelo desenvolvimento do interesse religioso que é expresso de várias formas: respeito às religiões de todos os povos; influência das correntes religiosas do Oriente; auge das religiões de mistério. Em época posterior surge o gnosticismo. Neste período nasce o cristianismo.



O MUNDO ROMANO

O MUNDO ROMANO
Segundo a lenda, a cidade de Roma foi fundada em 753 a.C. O rei Tarquínio foi expulso dela em 509a.C., e a cidade transformou-se em uma república, governada por uma assembléia do povo, um senado e dois cônsules que ocupavam o cargo por um ano. Em 206 a.C. Roma governava a maior parte da Itália e iniciou a guerra contra Cartago. Cartago foi destruída em 146 a.C. e Roma começou a estender seu domínio através do Mediterrâneo.
Estradas e recreações
Os gregos deram ao mundo idéias que têm ajudado a dar forma a sistemas governamentais, às ciências, à medicina e às artes. O legado dos romanos é prático: caminhos, aquedutos, sistemas de encanamento e de calefação central e, claro, os banhos. São lembrados por seus “entretenimentos” públicos (corridas de carros puxados por cavalos e sangrentas lutas de gladiadores) em anfiteatros como o grande Coliseu de Roma.
O Império Romano
Os romanos foram controlando pouco a pouco o que restava do Império Grego. Corinto caiu em 146
a.C.; Atenas, em 86 a.C. No séc. I a.C., Júlio César se ocupou de tomar a Gália, e Pompeu conquistou a Síria e a Palestina, ocupando Jerusalém em 63 a.C. Os romanos absorveram as idéias gregas; assim, tanto o idioma quanto a cultura e a civilização dos gregos continuaram em vigência sob o domínio romano. Em 27 a.C. acabaram os angustiantes anos de guerra. Otávio assumiu o título de “Augusto” e tornou-se, de fato, o primeiro governante do império. A “paz romana” que seguiu trouxe prosperidade e permitiu viajar com segurança. Durante o reinado de Augusto nasceu Jesus (cf. Lc 2.1).
Vida na capital
Os ricos viviam bem em Roma. Tinham grandes casas com colunas de mármore e belos mosaicos no piso. As paredes estavam pintadas com afrescos. Gostavam de ir aos banhos ou aos jogos e outros entretenimentos. Uma ceia romana podia constar de sete ou mais pratos, alguns muito luxuosos (p. ex., arganaz recheado ou flamingo cozido). Os filhos dos ricos iam à escola: as mulheres a uma (até a idade de 13 anos) e os homens a outra.
Os pobres viviam desconfortavelmente em blocos de apartamentos mal construídos. Não tinham encanamento nem sistema de calefação, e tinham que usar serviços sanitários (vasos sanitários) e banhos públicos. A principal comida era pão ou papas de aveia, com poucas ervas, azeitonas ou vegetais. Pretendia-se que os “entretenimentos” fizessem os pobres esquecerem-se de seus sofrimentos.
Palestina sob ocupação romana
Os romanos proporcionavam benefícios aos povos que governavam: lei e ordem, um governo estável, excelentes estradas e bons edifícios públicos (oficinas, mercados, banhos e estádios).
Contudo, na longínqua Judéia, a maioria das pessoas estava pouco agradecida com seus governantes romanos. Nunca puderam esquecer que eram um país ocupado. Com quatro legiões estacionadas na Palestina, havia romanos por toda a parte. E impostos: imposto sobre a “renda”, imposto sobre a comida, imposto sobre a venda de terra ou propriedades, direitos aduaneiros e imposto sobre as compras. Naturalmente, os coletores de impostos (publicanos), que trabalhavam para o censor romano e que viviam comodamente porque cobravam mais do que o devido, eram odiados. Mateus, um dos discípulos de Jesus, foi um deles (Mt 9.9;
 cf. Lc 19.1-10).
O exército
A maioria dos soldados romanos era formada de voluntários. Assinavam por 20 anos de serviço. Usavam capacetes e couraças de ferro e tinham cravos de ferro em suas sandálias. Cada soldado estava armado com uma espada e um dardo, e carregava um escudo comprido de madeira coberta com couro. Muitos soldados eram designados a acampamentos permanentes. Esperava-se deles que, em um dia de marcha, percorressem 29
 Km ou mais, carregando suas armas, suas ferramentas, sua comida e seus utensílios de cozinha.
Os soldados eram submetidos a treinamentos e disciplinas rigorosas. Uma tropa estava de guarda na crucificação (Mt 27.27-37) e outra livrou Paulo de ser linchado (At 21.26-36).
O
 NT menciona várias vezes os capitães do exército, os “centuriões”, e sempre favoravelmente (cf. Mt 8.5-13; 27.54; At 10; 27.1,42-44).
Paulo percorre o império
A paz romana, os caminhos e os meios de transporte tornaram possível que os cristãos levassem a mensagem de Jesus por todo o leste do Mediterrâneo em poucos anos.
Paulo era cidadão romano e usou deste direito para ser livrado do cárcere (cf.
 At 16.37-40). Quando a justiça judaica falhou, Paulo apelou ao imperador. Foi levado a Roma para ser julgado (At 25.11; 27–28). Todas as viagens de Paulo narradas em Atos, e todas as suas cartas, têm como fundo o Império Romano.
Configuração física da Palestina
O Jordão é o rio da Palestina. Nasce no monte Hermom e percorre o país de norte a sul, dividindo-o em dois: a Cisjordânia, ou lado ocidental, e a Transjordânia, ou lado oriental. Depois de atravessar o mar da Galiléia, corre serpenteante ao longo de uma depressão geológica cada vez mais profunda, até desembocar no mar Morto, a uns 110km do lugar do seu nascimento e a quase 400 m abaixo do nível do Mediterrâneo.
O mar Morto, de quase 1000 km² de superfície, deve o seu nome ao fato de que a alta proporção de sal e outros elementos dissolvidos nas suas águas fazem nelas impossível a vida de peixes e de plantas. Ao contrário, o mar (ou o lago) da Galiléia, também chamado de lago de Genesaré ou de Tiberíades (cf., p. ex., Mt 4.18; 14.34 e Jo 6.1), de 145 km² de superfície e situado igualmente em uma profunda depressão (212 m abaixo do nível do Mediterrâneo), é uma grande represa natural de água doce em que abundam os peixes (cf. Lc 5.4-7; Jo 21.6-11).
A Palestina é uma terra de montanhas. Na época do Novo Testamento, quase todas as suas cidades estavam situadas em algum ponto da cordilheira que desce, desde os maciços do Líbano (3.083 m) e do Hermom (2.760 m) até os limites meridionais do país na região desértica do Neguebe. Essa cadeia só se vê cortada pela planície de Jezreel (Js 17.16), que penetra nela, deixando ao norte os montes da Galiléia e ao sul os desvios das montanhas de Samaria.
Alguns nomes do sistema orográfico da Palestina se conhecem pela menção que deles fazem os relatos bíblicos. No lado oriental do Jordão, p. ex., encontra-se o monte Nebo, de 1.146 m de altura; e, no lado ocidental, o Carmelo (552 m), o Gerizim (868 m), o monte das Oliveiras (uns 800 m) e o Tabor (562 m).
A Palestina achava-se limitada pelos desertos da Arábia e da Síria ao leste e, a oeste, pelo mar Mediterrâneo, separado das montanhas pelas terras baixas que começam na fértil planície de Sarom (cf.Ct 2.1; Is 35.2), junto ao monte Carmelo.
Populações da Palestina
Os Evangelhos e Atos dos Apóstolos mencionam um bom número de cidades, vilas e aldeias espalhadas pelo país, especialmente a oeste do Jordão e do mar Morto. Na região da Galiléia se encontravam, às margens do lago de Genesaré, Cafarnaum, Corazim e Magdala; e, mais ao interior, Caná, Nazaré e Naim.
Na região da Judéia, a quase 1.150 m acima do nível do mar Morto, eleva-se Jerusalém. Perto dela, ao sul, Belém; a leste, sobre o monte das Oliveiras, Betânia e Betfagé; e, a oeste, Emaús, mais longe, Lida e, por último, o porto de Jope. A partir daqui, descendo pelo litoral, Azoto e Gaza.
O Novo Testamento menciona também algumas cidades e vilas palestinas que não pertenciam à Judéia ou Galiléia: Cesaréia de Filipe, na Ituréia; Sarepta, Tiro e Sidom, no litoral da Fenícia; Siquém, em Samaria.
Sociedade e cultura no mundo judaico
Os relatos dos evangelistas oferecem uma espécie de retrato da forma de vida dos judeus de então. As parábolas de Jesus e as ocorrências nos percursos que fez pela Palestina destacam a importância que, naquela sociedade, representavam os trabalhos do campo. A semeadura e a colheita de cereais, o plantio de vinhas e a colheita de uvas, a produção hortícola e as referências à oliveira, à figueira e a outras árvores são dados reveladores de uma cultura basicamente agrária, completada com a criação de rebanhos de ovelhas e cordeiros, de animais de carga e, inclusive, de manadas de porcos. Por outro lado, a pesca ocupava um lugar importante na atividade dos moradores que viviam nas aldeias costeiras do mar da Galiléia.
Junto a essas profissões exerciam-se também outras de índole artesanal. Ali se encontravam perfumistas, tecelões, curtidores, carpinteiros (cf. Mc 6.3), oleiros e fabricantes de tendas de campanha (cf. At 18.3); e, certamente, também servidores domésticos, comerciantes, banqueiros e cobradores de impostos (ver Publicanos naConcordância Temática).
Nos degraus mais baixos da escala sócio-econômica estavam os peões contratados ao salário do dia, os escravos (cf. Êx 21.1-11), as prostitutas e um número considerável de pessoas que sobreviviam com a prática da mendicância.
Religião e política
A religião e a política caminham juntas no mundo judaico. Eram dois componentes de uma só realidade, expressa no sentimento nacionalista que brotava da mesma fonte, a fé no Deus de Abraão, Isaque e Jacó. A história do povo de Israel é a história da sua fé em Deus; e a sua fé é a fé em que Deus governa toda a sua história.
Por isso, o sumo sacerdote em exercício era precisamente aquele que presidia oSinédrio, máximo órgão jurídico e administrativo da nação. Este consistia num conselho de 71 membros, no qual estavam representados os três grupos político-religiosos mais significativos da época: os sacerdotes, arrolados na sua maioria no partido saduceu; osanciãos, geralmente fariseus; e os mestres da Lei.
O Sinédrio gozava de todas as competências de um governo autônomo, salvo aquelas em que Roma se reservava os direitos de última instância. O Sinédrio, p. ex., era competente para condenar à morte um réu, mas a ordem da execução exigia o visto da autoridade romana, como sucedeu no caso de Jesus (cf. Jo 19.10).
Em relação aos partidos, convém assinalar que os fariseus eram os representantes mais rigorosos da espiritualidade judaica. Com a sua insistência na observância estrita da Lei mosaica e no respeito às tradições dos “pais” (isto é, os antepassados), exerciam uma forte influência no povo. Jesus reprovava o seu exagerado zelo ritual e o afã de satisfazer os mais insignificantes aspectos da letra da Lei, que os fazia esquecer freqüentemente os valores do espírito que a anima (cf. Mc 7.3-4,8-13. Ver 2Co 3.6).
Os saduceus representavam, de certo modo, a aristocracia de Israel. Esse partido, mais reduzido numericamente que o fariseu, era formado, em grande parte, pelas poderosas famílias dos sumos sacerdotes. Na sua doutrina, em contraste com o que ensinavam os fariseus, os saduceus mantinham “não haver ressurreição, nem anjo, nem espírito” (At 23.8).
Tradicionalmente, se tem considerado que os zelotes constituíam um grupo judaico nacionalista que se rebelou contra Roma. Eram conhecidos também como cananitas.Com ambos os epítetos se identifica no Novo Testamento Simão, um dos doze discípulos de Jesus (ver Lc 6.15, nota n e cf. Mt 10.4 e Mc 3.18com Lc 6.15 e At 1.13). Os zelotes desempenharam um papel muito ativo na rebelião dos anos 66 a 70.
À parte desses três grupos, havia outros, como os herodianos, cuja identidade não se conseguiu esclarecer totalmente. É provável que se tratasse de pessoas a serviço de Herodes, embora alguns achem que o nome se adapte melhor aos partidários de Herodes e de sua dinastia.
Os escribas, mestres da Lei ou rabinos formavam um grupo profissional e não um partido. Eram os encarregados de instruir o povo em matéria de religião. Não pertenciam, em geral, à classe sacerdotal, mas eram influentes e chegaram a gozar de uma elevada consideração como intérpretes das Escrituras e dirigentes do povo.
Pouco tempo e pouco espaço necessitou Jesus de Nazaré para realizar uma obra cujas bênçãos haveriam de alcançar a todos os seres humanos de todos os tempos e de todos os lugares. O Novo Testamento dá testemunho disso: ele é o registro que, com a mesma singeleza com que o Filho de Deus se manifestou em carne, também fala do amor de Deus e da sua vontade salvadora.


Partidos Religiosos


PARTIDOS RELIGIOSOS E POLÍTICOS
NO SÉCULO I
Partido
Características
Referências
       Fariseu (partido religioso com alguma tendência política)
Doutrinas e práticas
Mt 9.11,14; 12.1-2; 15.2;19.3;23.15,23,25,29; Lc 18.11-12; At 15.5
Inimigos de Jesus
Mt 9.34; 12.14,24; 16.1-12; Jo 9.16;11.47-48,57
Favoráveis a Jesus
Lc 7.36; 11.37; Jo 3.1; 7.50-51; 19.39
Outras
Mt 3.7; 16.1-12; Lc 5.17,21; Jo 8.3;At 23.6-9
       Saduceu (partido religioso com alguma tendência política)
Doutrinas e crenças
Mt 22.23-32; At 23.8
Inimigos de Jesus
Mt 16.1-12
Outras
Mt 3.7; At 4.1; 5.17; 
23.6-8
          Zelote (partido político e religioso oposto ao Império Romano)
Seu nome significa “zeloso, fanático”
Lc 6.15*; At 1.13
       Herodiano(partido político favorá-vel ao domínio romano)
Como indica seu nome, eram partidários da família de Herodes
Mt 22.16*; Mc 3.6; 12.13
        Samaritano(partido religioso, separado do Judaísmo)
Algumas crenças
Jo 4.7-9,20,25
       Essênio (partido religioso)
Grupo separatista nascido na época helenística, provavelmente dos fariseus. Eram rigorosos observadores da Lei; consideravam que o sacerdócio era corrupto e rechaçavam muitas práticas religiosas e o sistema sacrificial judaico. Este grupo não é mencionado no Novo Testamento



SACRIFICIOS E OFERTAS

SACRIFÍCIOS E OFERTAS
Animais, cereais ou bebidas entregues a Deus como parte do culto de adoração. EmLevítico 1.1—7.21são descritos estes cinco tipos principais de sacrifícios e ofertas:
1) Holocausto, em que o animal era completamente queimado no altar (1.1-17; 6.8-13).
2) Oferta de manjares, isto é, de cereais (2.1-16; 6.14-23).
3) Sacrifício pacífico ou de paz (3.1-17; 7.11-21).
4) Oferta pelo pecado, isto é, para tirar pecados (4.1—5.13; 6.24-30).
5) Oferta pela culpa, isto é, para tirar a culpa (5.14—6.7; 7.1-7). Das ofertas de paz havia três tipos: por gratidão a Deus (7.12), para pagar voto ou promessa (7.16) e a voluntária, que era trazida de livre e espontânea vontade (7.16). Além dessas havia também a libação, tipo de oferta em que se derramava vinho (Lv 23.13). Os passos para a apresentação de um sacrifício de animal eram, com variações, os seguintes: a) O ofertante se purificava (V. PURIFICAÇÃO), e o animal era examinado por funcionários do Templo. b) O ofertante levava o animal ao altar, que ficava do lado de fora do Templo, e o apresentava ao sacerdote. c) O ofertante punha as mãos na cabeça do animal como sinal de que o estava dedicando a Deus. d) O ofertante ou o sacerdote matava o animal, cortando as artérias do pescoço. e) O sacerdote borrifava um pouco do sangue nos lados do altar. f) O sacerdote tirava o couro, que ficava para ele. g) Aí cortava o animal em pedaços e os colocava sobre a lenha do altar. h) A carne era toda queimada ou só uma parte dela, conforme o tipo do sacrifício. Depois do sacrifício pacífico havia uma refeição comum, em que o sacerdote e o ofertante comiam parte da carne do animal. Os sacrifícios do AT eram provisórios (Hb 10.4) e apontavam para o Cordeiro de Deus (Jo 1.29; Hb 9.9-15), cujo sangue (sua morte na cruz) nos limpa de todo pecado (1Jo 1.7).
V. ver
AT Antigo Testamento
Kaschel, W., Zimmer, R., & Sociedade Bíblica do Brasil. 1999; 2005. Dicionário da Bíblia de Almeida 2ª ed. Sociedade Bíblica do Brasil

OFERTAS

Lv. 2
1 As ofertas de manjares com azeite e incenso,
4 cozidas no forno,
5 ou na assadeira,
7 ou frigideira.
12 As primícias não devem ser queimadas no altar.
13 Todas as ofertas devem ser temperadas com sal.
14 Oferta de primícias desenvolvidas em espigas.
1 oferta de manjares. Minchah, do árabe manacha, dar, especialmente como presente recíproco, pela abundante providência demonstrada nas primícias da colheita.6.14-18,20-23; 9.17; Nm 15.4-21; Is 66.20; Jo 6.35 flor de farinha. Êx 29.2; Nm 7.13,19;Jl 1.9; Jl 2.14 azeite. 4-8,15,16; 7.10-12; 1Jo 2.20,27;Jd 20 incenso. Ml 1.11; Lc 1.9,10;Ap 8.3
2 porção memorial. 9; 5.12; 6.15; 24.7; Êx 30.16; Nm 5.18; Ne 13.14,22; Is 66.3; At 10.4
3 O que ficar da oferta. 6.16,17,26; 7.9; 10.12,13; 21.22; Nm 18.9; 1Sm 2.28 é coisa santíssima.6.17; 10.12; 21.22; Êx 29.37; Nm 18.9
4 oferta de manjares. 1Cr 23.28,29; Sl 22.14; Ez 46.20; Mt 26.38; Jo 12.27 forno.Tannur, forno possivelmente como aquele descrito por D’Arvieux, usado pelos árabes. Ele conta que os árabes fazem fogo em uma grande bilha de pedra. Quando aquecido, misturam farinha e água e aplicam com suas mãos a massa ao redor da bilha. A massa espalhada assa em poucos instantes, resultando em pão de camadas finas. 1.11; 6.17;7.12; 10.12; Êx 12.8; 1Co 5.7,8; Hb 7.26; 1Pe 2.1,22 obreias. Êx 16.31; Êx 29.2; Is 42.1;Is 44.3-5; Is 61.1; Jo 3.34
5 assadeira. ou, prato raso, ou lâmina. Machavath, lâmina achatada de ferro, tais como os árabes ainda usam para assar bolos, chamada por nós de fôrma.
6 1.6; Sl 22.1-21; Mc 14.1-15.47; Jo 18.1-19.42
7 frigideira. Marchesheth, vasilha rasa de barro, que os árabes denominam de tajen.flor de farinha.1,2
8 8
9 a porção memorial. 2; 6.15 é oferta queimada. 2; Êx 29.18; Sl 22.13,14; Is 53.10;Zc 13.7,9; Rm 12.1; Rm 15.16; Ef 5.2; Fp 2.17; Fp 4.18
10 3
11 nenhum fermento. 6.17; Êx 12.19,20; Mt 16.6,11,12; Mc 8.15; Lc 12.1; 1Co 5.6-8; Gl 5.9 mel. Pv 24.13; Pv 25.16,27; Lc 21.34; At 14.22; 1Pe 4.2
12 oferta das primícias. Gn 23.10,11,17; Êx 22.29; Êx 23.10,11,19; Nm 15.20; Dt 26.10; 2Cr 31.5;1Co 15.20; Ap 14.4 não se porão. Heb. ascenderão.
13 temperarás com sal. Ed 7.22; Ez 43.24; Mt 5.13; Mc 9.49,50; Cl 4.6 aplicarás sal. Nm 18.19; 2Cr 13.5 em todas as tuas ofertas. Ez 43.24
14 oferta de manjares. Parece que estas primícias eram ofertas voluntárias trazidas por pessoas, ou seja, as melhores espigas de milho da lavoura, antes que a colheita estivesse madura. 22.29; 23.10,14-17,20; Gn 4.3; Nm 28.2; Dt 26.2; Pv 3.9,10; Is 53.2-10;Ml 1.11; 1Co 15.20; Ap 14.4 grãos esmagados.2Rs 4.42
15 1
16 1,2,4-7,9,12; Sl 141.2; Is 11.2-4; Is 61.1; Rm 8.26,27; Hb 5.7
Heb. Hebraico
Sociedade Bíblica do Brasil. 2002; 2005. Concordância Exaustiva do Conhecimento Bíblico . Sociedade Bíblica do Brasil